9 recursos que o iPhone deixou para trás e que os usuários ainda sentem falta

A Apple costuma fazer ajustes no iPhone a cada nova geração, muitas vezes de forma sutil. Porém, ao longo dos anos, muitas coisas mudaram: algumas funcionalidades recebem melhorias, enquanto outras são abandonadas em nome do design, da inovação ou do impacto ambiental. O resultado nem sempre agrada a todos.

Muitas dessas tecnologias, sejam botões físicos, materiais ou até mesmo a embalagem do produto, criaram uma identidade para o smartphone. Relembramos nove mudanças que a Apple implementou ao longo do tempo e que, de certa forma, deixaram saudades nos consumidores.

Confira 9 funcionalidades que o iPhone perdeu:

  • O botão de silenciar (Mute Switch);
  • As bordas arredondadas e confortáveis;
  • As versões Plus e mini;
  • O carregador incluso na caixa;
  • A traseira sem câmeras salientes;
  • O compartimento para o chip (SIM card);
  • O acabamento traseiro em alumínio;
  • O Touch ID;
  • A cor (Product)RED.

1- O fim do Mute Switch

Por mais de uma década, o ‘Mute Switch’ foi uma característica marcante do iPhone. O pequeno botão físico na lateral permitia silenciar o dispositivo de maneira tátil, sem necessidade de visualizar a tela. Era uma solução simples, mas extremamente funcional e apreciada pelos usuários.

Nos modelos Pro mais recentes, a Apple substituiu o mute switch pelo ‘Botão de Ação’, que é programável, porém perdeu a simplicidade do ‘liga/desliga’ do som.

A remoção do componente eliminou uma conveniência. A verificação tátil para confirmar se o celular estava no modo silencioso era instantânea. Agora, é necessário acionar a tela para checar o status, o que prejudica a fluidez do uso cotidiano.

2- As bordas arredondadas

Até o iPhone 11, os modelos possuíam laterais curvadas. Esse design, embora visualmente menos ‘moderno’ que o atual, tinha uma vantagem clara: a ergonomia. O aparelho se adaptava perfeitamente à mão, e o manuseio era confortável por longos períodos.

A partir do iPhone 12, a Apple retomou o design de bordas retas e angulares, inspirado no clássico iPhone 4. Embora a estética seja considerada mais elegante e premium por muitos, ela sacrificou o conforto. As ‘arestas’ do dispositivo podem causar desconforto na mão após algum tempo de uso.

Na geração mais recente, a Apple reintroduziu bordas mais suaves, agradando aos usuários que priorizam o conforto proporcionado por essa característica, sem abrir mão de um visual sofisticado.

3- A descontinuação das versões Plus e mini

Por anos, a Apple tentou encontrar o tamanho ideal. Tivemos o iPhone 12 e 13 mini, perfeitos para quem buscava um celular top de linha verdadeiramente compacto. Também tivemos os iPhones 14, 15 e 16 Plus, que ofereciam a tela grande do Pro Max por um preço mais acessível.

Ambos os formatos foram descontinuados. O ‘mini’ não atingiu as vendas esperadas, e o ‘Plus’ foi substituído pelo iPhone Air na geração atual. O novo modelo foca em um design ultrafino, mas para isso realiza cortes de recursos, como na capacidade da bateria e versatilidade das câmeras.

A Apple eliminou as opções para quem preferia extremos: o muito pequeno e o ‘grande mais acessível’. Agora, a linha está mais unificada, mas quem busca um celular compacto e potente ficou sem alternativa.

4. O carregador incluso na caixa

Essa é uma das mudanças mais sentidas no bolso do consumidor. A partir do iPhone 12, a Apple removeu o adaptador de tomada da embalagem, justificando a redução do lixo eletrônico e do impacto ambiental.

A intenção ecológica é válida, mas a medida obrigou milhões de usuários a adquirir o acessório separadamente, já que muitos não possuíam um carregador USB-C compatível. Para quem compra um iPhone pela primeira vez, a despesa extra é inevitável.

A ‘saudade’ aqui é da conveniência de comprar um produto e ele estar 100% pronto para uso, sem a necessidade de uma aquisição adicional. A experiência de ‘unboxing’ ficou menos completa e satisfatória para quem apreciava a sensação de retirar vários acessórios da caixa.

5- Módulos de câmera salientes

A cada ano, as câmeras do iPhone melhoram, mas isso tem um custo físico. Os módulos de câmera, especialmente nos modelos Pro, estão cada vez maiores e mais protuberantes. O iPhone 16 e 17 Pro levaram isso ao extremo.

O resultado é um celular que não fica plano sobre a mesa. Ele balança ao ser tocado, o que incomoda quem gosta de usar o aparelho apoiado. Além disso, a saliência da câmera é a primeira parte a riscar ou sofrer impactos.

Faz falta a época em que o celular tinha uma traseira lisa, como no iPhone 5s, ou uma protuberância mínima, como no iPhone 8. O design era mais limpo e funcional para o uso em superfícies. Mas este é o preço necessário a se pagar para ter um smartphone com sensores mais avançados.

6- O compartimento para o chip (SIM card)

A transição para o eSIM, o chip digital, é uma tendência irreversível. Nos Estados Unidos, os iPhones já não possuem o compartimento físico para o SIM card há algumas gerações. No Brasil, os modelos mais novos seguem essa direção e se tornam cada vez mais comuns.

O chip físico oferecia uma simplicidade que o eSIM ainda não alcançou. Trocar de celular era tão fácil quanto remover o chip de um e inserir no outro. Em viagens internacionais, comprar um chip pré-pago local era uma prática simples.

O eSIM depende das operadoras, e o processo de ativação ou transferência ainda é burocrático e, por vezes, confuso. A remoção do compartimento retirou o controle e a simplicidade das mãos do usuário. Vale destacar que, mesmo no Brasil, o iPhone Air não possui versão com slot para chip físico.

7- O fim da traseira de alumínio

O iPhone 7 foi o último modelo topo de linha a utilizar uma estrutura inteiramente de alumínio. Esse material era leve, durável, não quebrava como o vidro e oferecia uma sensação tátil muito agradável, além de disfarçar marcas de digitais.

A partir do iPhone 8, a Apple adotou a traseira de vidro para viabilizar o carregamento sem fio. Embora o vidro, e mais recentemente o titânio nas bordas, seja considerado mais ‘premium’, ele é mais frágil e atrai marcas de dedo.

A tranquilidade de usar um celular que não trincaria a parte traseira inteira em uma pequena queda faz falta. O alumínio era mais resistente e prático para o uso diário, e muitas vezes dispensava o uso de capa protetora.

8- A remoção do Touch ID

O Touch ID, leitor de impressão digital no botão Home, era um sistema de biometria rápido, confiável e que funcionava em qualquer situação. A Apple o abandonou nos modelos principais em 2017, com o iPhone X, para dar lugar ao Face ID e a uma tela ‘sem bordas’.

O Face ID é seguro, mas tem suas limitações. Ele não funciona bem com o celular apoiado na mesa ou de certos ângulos. Muitos usuários sentem falta da praticidade do Touch ID: desbloquear o celular discretamente com o polegar enquanto o retira do bolso era um gesto natural.

9- O fim da versão (Product)RED

Por muitos anos, a cor (Product)RED foi uma das mais icônicas da linha. Além de ser um vermelho vibrante e muito atraente, a compra dessa versão significava que parte do valor seria destinada ao Fundo Global de combate a pandemias.

Nas últimas gerações, a Apple parece ter encerrado essa parceria em seus modelos principais. As paletas de cores dos iPhones 16 se tornaram mais sóbrias, e o vermelho intenso e característico desapareceu. Apenas no iPhone 17 a marca retomou o uso de cores mais vivas com o laranja na linha Pro.

A versão (Product)RED não era apenas uma cor bonita; era uma ‘compra com propósito’. A sua remoção elimina uma opção de cor ousada do portfólio e também encerra uma longa parceria filantrópica que era uma marca registrada da empresa.

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