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Confirmar a identidade do usuário pelo celular no momento de criar uma conta bancária pode ser uma solução para enfrentar as ‘contas de passagem’, também chamadas de ‘laranjas’, que são utilizadas para movimentações financeiras ilegais.
Segundo a companhia de segurança cibernética Prove Identity, a iniciativa surge como uma opção para prevenir danos financeiros e ainda resguardar a imagem das instituições perante o crescimento de golpes digitais, que se tornam cada vez mais complexos no Brasil.
Em relação às contas de passagem, a empresa observa que, mesmo com os bancos já adotando ações para lidar com a questão, a disseminação dessas transferências digitais fraudulentas continua ocorrendo de forma rápida e quase imperceptível.
Verificar para Enfrentar
Frequentemente empregadas para ocultar a origem de recursos, as contas de passagem são usadas por criminosos para mascarar a procedência dos valores. Isso complica o monitoramento do dinheiro, facilitando a movimentação ilícita entre contas.
Para Andrea Rufino, diretora de Marketing da Prove Identity na América Latina, é nesse ponto que a confirmação de identidade se torna crucial, especialmente se realizada na criação de contas bancárias. ‘É muito mais seguro validar a identidade digital na abertura da conta do que lidar com prejuízos posteriormente’, destaca.
Rufino ainda ressalta que realizar essa verificação inicial pelo dispositivo móvel assegura que apenas usuários reais tenham acesso aos serviços e transações do banco, além de proteger a confiabilidade dos processos corporativos e dos próprios clientes. Isso porque a tecnologia é capaz de autenticar até mesmo o padrão de uso e o histórico, ‘tornando praticamente inviável para golpistas imitarem uma identidade verdadeira’.
Segurança Digital Reforçada
Investir em uma verificação mais sólida também fortalece a proteção digital no país, considerando que, com mais de 200 milhões de linhas móveis ativas, de acordo com a Prove, uma fraude bancária não acontece sem um número de celular nas mãos do criminoso. ‘No Brasil, não existe golpe digital sem a participação de uma conta bancária ou de um número de celular’, explica Rufino.
Diante desse contexto, é essencial que pessoas físicas e empresas conheçam essas medidas de proteção para detectar rapidamente casos de identidade sintética, por exemplo, uma prática que envolve a criação de perfis falsos utilizando documentos de pessoas falecidas, crianças ou informações inventadas.
São justamente esses dados que as contas de passagem exploram para realizar transações ilícitas e causar danos a terceiros, pois, na ausência de métodos de confirmação de identidade mais rigorosos, os criminosos encontram o ambiente perfeito para dar continuidade a atividades ilegais.
